quarta-feira, 22 de agosto de 2012

mana mana

doo doo doo doo doo...


e assim se foi durante a noite inteira. O pingo pingava pingando, pingante e pingador como sempre... Eu tava qse ficando maluca qndo lembrei do Valium na bolsa.. Tomei e dormi.

Acordei e tinha um duende cantando a música infinita do reino proibido das fadas indigentes. Calculei erroneamente que o Valium tava vencido.

Dormi dnvo e acordei duas horas depois, atrasada pro trabalho.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Segunda feira

Segunda feira:

- acordar atrasada, sair de casa no horário, pegar o ônibus cheio e atrasado, ficar vendo a cara de bosta da galera, travar a mochila na roleta, sair tranquilamente dizendo, 'qué sabê, vai cagá. tô atrasada mesmo e a culpa é minha e ai? e cheguei na hora do lanche mesmo, SÓ PRA LANCHÁÁÁ e ai?', Entrar pra sala e saber que você tá no mesmo grupo, parar as atividades e fazer uma dinâmica pra 'fessora' me observar. Escornar na mesa e falar, eu até animaria pra essa dinâmica hoje, mas hoje não ('psh'). e ser a primeira a sair da sala sem trocar ideia com alguém e descer o elevador fazendo a mesma pergunta, ' posso fumar aqui?' e rir de lado, voltar pra casa, dormir no ônibus e passar do ponto. Ir até o final e voltar, e parar o ônibus três vezes antes do meu ponto porque falei muito baixo e o trocador entendeu errado. Chegar em casa e não ter almoço. E olhar pro celular não ter mensagem.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sou gorda sim, e daí? Algo contra?

"Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinham da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças.
Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem.

Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico. O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo. Realmente, esqueceu, morrendo tuberculosa.

Estes episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres?
Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba. Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens.

E, com isso, Barbies de facaria, provocaram em muitas outras mulheres - as baixinhas, as gordas, as de óculos - um sentimento de perda de auto-estima. Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composto de moças. Em que mulheres se
afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E, no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo. Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência.

As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência. É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz.

E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos. Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas. São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.
"Nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é só bunda."

Rita Lee

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Tic por Pedaço.

- Ju Catarina... Bons sonhos... Noite boa. Eu disse e ela sonolentamente respondeu. fsrsc=}
- Pra você também, Pedaço! Tic... Tic... Tic...
- Que barulho foi esse, Ju Catarina?
- Que barulho?
- Uma espécie de "tic".
- Um "tic"?
*- Sim.. Um "tic"!
*- Nossa... Acho que foi o cisne.
*- Cisne?
*- Sim. Tenho um cisne aqui.
*- Mas não é proibido ter um cisne em casa?
*- Não... Disse a Ju Catarina, com uma voz de riso.
*E o Pedaço foi dormir, com o "tic" ecoando em sua cabecinha oca.
*Então tic... tic... tic.. pra você também, Ju Catarina.
*Tic... Tic... Tic.. Pedaço!
*- O eco ecoa no oco? Perguntou o Pedaço e a Ju Catarina responde:
- O eco ecoa no oco, uai!
*Daí Cecília disse:
- O menino pergunta ao eco. onde é que ele se esconde. Mas o eco só responde: "Onde? Onde?"
*E o Cisne...
- Tic.. Tic... Tic... Que nada mais quer dizer que "o pato não ecoa."...
*A noite seguiu, sem eco ou vertigem. A noite prosseguiu ligeira, semeando o sono por todo lugar. Quando Pedaço acordou, viu que tudo foi só um sonho, que a Ju Catarina não estava lá e que o cisne era ela. Tic... Tic... Tic...

Botas ainda quase batidas.

Aprendendo de tudo com Dani, porque faz bem ouvi baixarias, e perceber que o importante é perceber -  extrair muitas coisas de uma simples baixaria feliz e combinada de internet.

Daniella - beijo

 Ju Catarina - Já? Então, aqui! Só uma coisa...

 Daniella - eu vou

Ju Catarina - Me xinga? Dai, eu te xingo. Baixaria... Só pra extravasá! Mas baixaria das pesadas, vai lá.

Daniella - Fêdaputadosinfernovc, julianacatarina.

-  Ju Catarina - :D

Daniella - Nem foi baixaria pesada

 Ju Catarina - nao, mais forte.

Daniella  - eu num sei ué

Ju Catarina  - pode?

Daniella  - só xingo assim. Pode

Ju Catarina - Daniella sua vagabunda. Brigada!

Daniella - Sua puta de estrada

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Se eu morrer antes de você...

"Se eu morrer antes de você, faça-me um favor.
Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por ter me levado.
Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar, não se preocupe.
Se sentir vontade de rir, ria.
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente a sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer uma santa, só porque eu morri, mostre que fui um pouco santa, mas não a santa que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que talvez eu tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser boa e amiga.
Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame atenção deles.
Se sentir saudades e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei.
Espero estar com ELE o suficiente para continuar sendo útil à você, lá onde eu estiver.
E se tiver vontade de escrever algo sobre mim, diga apenas uma frase:

"Foi minha amiga, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!"

Aí então, derrame uma lágrima.

Eu não estarei presente para enxugá-la mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
E, vendo-me bem substituída, irei cuidar da minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando, dê um a espiadinha na direção de Deus.
Você não me verá, mas ficarei muito feliz vendo você olhar pra ELE.
E, quando chegar a sua vez de ir ao PAI, aí,
sem nenhum véu a separar a gente,
vamos viver a amizade que aqui nos preparou para ELE.
Você acredita nessas coisas?
Então ore para que nós duas vivamos
Como quem sabe que vai morrer um dia
e que morramos como quem soube viver direito.

Amizade só faz sentido quando traz o céu pra mais perto da gente
e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu...
Ser sua amiga já é um pedaço dele!"

Chico Xavier

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

no pão

ilusão...
faltava uma virgula na frase dele
faltava uma frase num punhado de chão
falava de um dia com um outro qualquer
falava do dia e do pedaço de pão

faltou tempo pra comer do pão de sal firme
falhou, não conseguiu desviar a visão
olhou com seu olho, tão firme, que doce
iludiu a cancela,
que havia na entrada
inteirada da dobra
na ponta do céu
desses assuntos ligeiros
que é falar de coração

iludiu, achando pouco o que tinha
mas abriu a porta, olhou pra mim
disse que me amava, não me beijou
apenas olhou com jeito firme e foi embora
voltará amanha, trazendo mais pão
pra me alimentar com a fome que deixa
de quando for e não voltar mais

[foi assim que imaginei... foi assim...]
phil.